A Doença de Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns, doença crônica, progressiva afetando os movimentos voluntários, causando tremores nos membros superiores e inferiores.
O tremor é característico por ser um tremor de repouso, há lentidão de movimentos, rigidez muscular, instabilidade postural e marcha em festinação: dificuldade de iniciar o andar e depois o corpo se projeta para frente em passos mais rápidos, ocasionando por vezes quedas.
Epidemiologia: a Doença de Parkinson atinge pessoas de 50 a 70 anos de idade, numa incidência de 85 a 187 casos por 100.000 habitantes (cerca de 1% da população mundial). Existem casos de idades mais novas, por volta dos 40 anos e até por 20 anos, estes considerados parkinsonismo precoce.
Há perda de neurônios numa região do cérebro chamada substância negra localizada no mesencéfalo; pode atingir também os neurônios subcorticais
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Por que isso acontece? Não se sabe a causa da doença: porque os neurônios se degeneram e morrem, diminuindo a substância dopamina e causando os sintomas característicos. Como não se sabe a causa da doença, na maioria dos casos, chama-se de Doença de Parkinson ou Parkinsonismo Idiopático, pois existem situações nas quais a doença tem uma causa, por exemplo aquelas induzidas por drogas, substâncias tóxicas/metais pesados, são parkinsonismo secundário ou aquelas ligadas a algumas outras doenças, é o Parkinson-Plus.
São discutidos vários fatores que poderiam estar envolvidos na Doença de Parkinson: fatores ambientais (neurotoxinas), envelhecimento cerebral, estresse oxidativo, radicais livres, papel do cálcio e do óxido nítrico. Os principais fatores considerados atualmente são os fatores ambientais e os genéticos.

Principais sintomas da Doença de Parkinson:
- Tremor de repouso nas extremidades, mãos principalmente,
- Acinesia ou bradicinesia, isto é, movimentos lentos ou mesmo dificuldade de movimentos
- Rigidez muscular
- Além de vários outros sintomas: alteração da marcha, instabilidade de posturas, sinal da roda dentada, alteração da voz (lenta e trêmula), alteração da escrita, letra trêmula e pequena/micrografia, faces sem expressão/em máscara/ fixa, sialorreia, disartria, disfagia, disfunção sexual, câimbras, hipotensão ortostática, incontinência urinária, depressão e chegar até a demência – constituindo o Complexo Demência-Parkinson.

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Sintomas secundários:

História da doença: foi descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico britânico James Parkinson ao observar pessoas de mais idade andando nas ruas de Londres com tremores nas mãos; publicou um trabalho sobre a Paralisia Agitante, citando seis casos clínicos, no qual definiu de modo geral a doença. Mais tarde, na metade do século XIX, Jean Marie Charcot, eminente psiquiatra e neurologista francês, com várias doenças que levam seu nome, estudou a doença, estabelecendo seus principais sintomas e acrescentando novos, divulgando-a e sugerindo a mudança do nome de Paralisia Agitante para Doença de Parkinson, em homenagem ao seu descobridor e primeiro a descrevê-la.